22 de outubro de 2020 – N.º 1.520
ANS anuncia fim da direção fiscal na Capesesp
Plano de autogestão, que atende mais de 40 mil beneficiários da área da saúde, estava sob regime
especial desde 2016
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou o encerramento do regime de direção fiscal na Capesesp (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde) no Diário Oficial da União de 20/10/2020. A diretoria colegiada da Agência votou pela aprovação do PSF (Programa de Saneamento Financeiro), fundamentada nos bons resultados demonstrados pela entidade.
Com essa decisão, a ANS sinaliza que todos os esforços da diretoria-executiva da operadora valeram a pena. Ao longo de todo o processo, foram implantadas diversas ações para reduzir os custos administrativos e assistenciais, por meio da adequação do fluxo de trabalho, da negociação com a rede credenciada e da revisão de contratos, sem prejuízo à qualidade dos serviços prestados, já que todos os projetos voltados para a promoção da saúde e prevenção de complicações das doenças foram mantidos e aprimorados nesses anos.
“O comprometimento de todas as áreas foi fundamental para superarmos esse desafio, que é ainda maior para as autogestões como a Capesesp. Não possuímos finalidade lucrativa e a diferença de arrecadação é revertida para benefícios dos próprios associados”, destacou o diretor-presidente da Capesesp, João Paulo dos Reis Neto.
“Além disso, não podemos esquecer a falta de reajuste da participação da União no custeio da assistência à saúde, congelada desde janeiro de 2016, e o envelhecimento da população assistida, que gera maior necessidade de assistência médica e tratamentos. Mesmo diante desse cenário desfavorável, sempre cumprimos rigorosamente todas as medidas saneadoras previstas no Programa e, agora, o meu sentimento é o de dever cumprido”, complementou Reis Neto, lembrando que, “apesar da estabilidade conquistada, o PSF continua, porém sem o acompanhamento in loco da Agência”.
O presidente da UNIDAS, Anderson Mendes, recebeu a notícia com satisfação. “A vitória de uma autogestão é um ganho para todas. Nosso segmento é atualmente o melhor modelo de saúde corporativa; atende em sua maioria servidores públicos, ou seja, lida com congelamento de salários e repasses; tem a carteira mais envelhecida do setor (e mais gastos com assistência por isso), e, mesmo assim, consegue superar os desafios impostos e oferecer serviços de qualidade aos beneficiários. Isso não significa que não vamos continuar nossa busca por condições mais favoráveis ao segmento e sim, destaca nossa força e vontade de manter o melhor serviço para os beneficiários”.
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