13 de janeiro de 2021 – N.º 1.575
UNIDAS Talks: “Nunca houve um esforço conjunto tão grande direcionado para a produção de uma vacina”, afirma infectologista sobre desenvolvimento de imunizante contra a Covid-19
Convidado falou com detalhes sobre as vacinas e explicou as diferenças entre as três que estão à frente no Brasil
Na última quinta-feira (7), o UNIDAS Talks debateu um dos principais assuntos do momento no Brasil e no mundo: vacina contra a Covid-19 e suas perspectivas e desafios. O tema foi abordado pelo médico infectologista, José Cerbino Neto, chefe do Laboratório de Pesquisa em Imunização e Vigilância em Saúde da Fiocruz e pesquisador do Instituto D’Or, e mediado por Marina Shizuko, diretora técnica da UNIDAS.
O especialista iniciou a conversa com o histórico da vacina, e explicou o processo para seu desenvolvimento: “na vacina é oferecido o antígeno, que faz a pessoa desenvolver seu próprio anticorpo, o que dá vantagem de ter a imunidade de memória”, declarou antes de passar mais detalhes sobre os tipos de imunizantes contra a Covid-19.
A aceleração da pandemia no mundo trouxe resultados históricos. Segundo o infectologista, há certa de 100 vacinas em estágio de desenvolvimento clínico, com teste em seres humanos, em diferentes fases. “Nunca tivemos na história um número tão grande de vacinas sendo desenvolvidas simultaneamente. Por isso, há expectativas de que consigamos vacinas eficientes, explicou.
De acordo com o Cerbino, no Brasil, a vacinação será feita em etapas, por grupos. O funcionamento e as diferenças entre as três que estão à frente no País para serem utilizadas, dos laboratórios Sinovac – inativada, Oxford/AstraZeneca – vetor viral (chAdOx1), e Pfizer – mRNA, também foram detalhadas pelo médico.
Vale ressaltar que no mesmo dia, após este webinar, o governo paulista anunciou que a Coronavac, do laboratório Sinovac, tem taxa de eficácia de 78% em casos leves e de 100% em casos graves e moderados.
Muitos ainda questionam a agilidade na produção das vacinas, e por esta razão o especialista listou os porquês da garantia de segurança delas, são eles: avanço no sequenciamento genético, compartilhamento rápido de informações, adaptação de vacinas já existentes, colaboração intensa, financiamento vasto e prioritário, grandes ensaios clínicos para avaliação de segurança e imunogenicidade, altas taxas de transmissão e produção antes mesmo do final dos ensaios.
Durante todo o evento online, o público pôde tirar dúvidas ao vivo com o especialista. Para assistir a gravação do webinar na íntegra, clique aqui.