28 de julho de 2021 – N.º 1.698
UNIDAS Talks aborda teletrabalho e os impactos na saúde corporativa e especialistas destacam:
“A máquina humana precisa passar por uma revisão”
Na manhã do dia 27, o UNIDAS Talks teve como tema o teletrabalho e os impactos na saúde corporativa. O evento foi ministrado por Leandro Araujo, gerente executivo da instituição, e reuniu Cláudia Lima, gerente executiva da Fundação Copel, Tania Machado e Leonardo Piovesan, respectivamente presidente e vice-presidente de gestão de saúde corporativa da HUBRH+ABPRH.
Após apresentar os convidados, Leandro Araujo ressaltou a importância do tema. “É um assunto altamente relevante. As autogestões já têm como DNA essa questão da saúde corporativa, porque cuidamos dos nossos colaboradores e familiares. Tivemos cases de muito sucesso em algumas operadoras. Durante a pandemia, vimos empresas que conseguiram passar por esse momento de forma um pouco mais tranquila, embora ainda seja muito desafiador para todos. Aqueles que tinham atuação de mapeamento populacional e cuidado integral com atenção à saúde de seus funcionários passaram com um pouco mais de facilidade esse processo de adaptação que vivemos no último ano”.
Na sequência Tania Machado ponderou a necessidade de falar sobre saúde no ambiente de trabalho. “Sabemos que a máquina humana precisa passar por uma revisão e quando isso não acontece, ela pifa. No caso do ser humano, em analogia com as máquinas, dizemos que há a síndrome de burnout, que é o esgotamento pleno, o fato de trabalhar remoto trouxe isso. É também o que apontam as pesquisas corporativas de saúde”, disse.
De acordo com ela, empresas que investem em comitê de saúde corporativo, medicina de trabalho, saúde ocupacional e áreas integradas com os Recursos Humanos (RH), estão fazendo a diferença e, consequentemente, tendo melhor resultado. “Estamos falando de alto custo e como é importante investir em saúde e segurança no trabalho. Esse cuidado contribui para o aumento da competitividade e produtividade, além de trazer redução de custos para as empresas, assim a lucratividade vai além do investimento em inovação e tecnologia para a melhoria dos processos”, explicou a presidente da HUBRH+ABPRH.
Leonardo Piovesan seguiu com as contribuições e destacou os principais pontos sobre as mudanças atuais no setor da saúde, são eles: buscas por procedimentos e tratamentos fora dos hospitais ganharam força durante a pandemia; inflação dos planos de saúde, que torna insustentável a manutenção dos planos para boa parte da população e empresas; demanda por tratamento personalizado para cada indivíduo; cuidado integrado da saúde do paciente; atendimento omnichannel trazendo conveniência ao cliente.
“Quando falamos de gestão de saúde corporativa, é uma sinergia dos seguintes pontos entre o colaborador e seus dependentes: gestão do benefício saúde, qualidade de vida e bem-estar, saúde ocupacional e centro de Atenção Primária, unidades externas de saúde integral, e segurança do trabalho e meio ambiente”, declarou o vice-presidente de gestão de saúde corporativa da HUBRH+ABPRH.
Além de apresentar o case da Fundação Copel, Cláudia Lima falou sobre alguns desafios do home office: “a manutenção do engajamento dos empregados, sobrecargas de atividades, presença dos filhos, solidão e sobrecarga emocional, tarefas domésticas”.
Para tentar amenizar os impactos do teletrabalho, a operadora realizou ações específicas. De acordo com a gerente executiva, além de oferecer recursos como notebooks, cadeiras e outros, também foram feitas ações imediatas como: criação de Comitê de Prevenção ao Covid-19, lives, pesquisas com os empregados, caminhada virtual, presente de aniversário e vacina da gripe.
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