5 de maio de 2022 – nº 1.833
Na Medical Fair, presidente da UNIDAS defende que é preciso entender onde a revolução digital faz a diferença
“Muitos temas caros para a saúde foram utilizados de maneira maciça, mas com pouco cuidado. Precisamos entender onde a revolução digital faz diferença e onde está consolidada”. Com esta frase, o presidente da UNIDAS, Anderson Mendes, abriu o debate “a tecnologia no processo de entrega de Valor e Saúde”, realizado na tarde desta quarta-feira (4), durante a Medical Fair, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Mendes mediou o painel, que contou com a participação do médico e CEO e fundador da HIHUB.TECH Health Innova HUB, Fernando Cembranelli, e do médico e diretor de Tecnologia da Informação da APM (Associação Paulista de Medicina) e presidente da Comissão Organizadora do Global Summit of Telemedicine & Digital Health, Antonio Carlos Endrigo.
Durante o debate, Cembranelli apresentou números relacionados aos investimentos massivos em Health Techs. Segundo ele, em 2021, foram batidos todos os recordes de investimento em empresas de startups de saúde no mercado norte-americano. “Foram (investidos) 29,1 bilhões de dólares, mais que o dobro do valor do ano anterior, que havia sido de 14 bilhões de dólares. Globalmente, estamos falando de 44 bilhões de dólares, somente no ano passado. Estamos vivendo todos os dias os efeitos da transformação exponencial na área da saúde, e muitos players tradicionais que continuarem somente no analógico perderão a postura de liderança. É por isso que há muitos novos líderes surgindo”, disse.
O CEO da Health Innova Hub também destacou que a primeira área de investimento dos norte-americanos é a de saúde mental (5 bilhões de dólares). “Inovação é feita por pessoas, e trocar ideias com frequência é absolutamente fundamental. Temos uma dificuldade muito grande de fazer incorporação de novas tecnologias. Mudanças na área da saúde são difíceis, mas a pandemia alterou isso”, finalizou.
Já Endrigo focou sua apresentação em telemedicina e na velocidade da transformação em saúde digital nos últimos dois anos. Ele traçou um paralelo entre a logística para a marcação de consulta, compra de medicamentos e realização de exame, antes da pandemia, e o atual ecossistema, que se digitalizou em uma velocidade inimaginável, embarcado pela telemedicina.
O diretor de Tecnologia da Informação da APM afirmou ainda que os médicos, assim como pacientes, farmácias e o próprio governo, adaptaram-se rapidamente às prescrições digitais, com certificado digital (de graça e de boa qualidade).
Ao falar sobre consultas online, Endrigo ressaltou que: a telemedicina veio para aproximar o paciente que não teria acesso a determinados tipos de atendimento. Ainda assim, é preciso lembrar que ela é complementar à consulta presencial e deve ser utilizada, na maioria das vezes, para monitoramento. “A telemedicina ‘afasta’ o médico do paciente, mas aproxima o paciente dos serviços, principalmente aqueles que dificilmente teriam acesso a consultas ou especialistas.
No debate, os participantes também falaram sobre cibersegurança (ataques em cyber saúde aumentaram 64% somente no ano passado), como fazer a telemedicina ser efetiva, a nova relação médico-paciente, marco legal e Inteligência Artificial no processo de inovação em saúde.
Clique aqui e saiba mais sobre a Medical Fair.
#vocêconstróiaUNIDAS #aUNIDAStornavocêmaisforte #autogestãoéUNIDAS #UNIDAS20anos