“É preciso trabalhar a inclusão para que todos sejam representados em todas as áreas e esferas”, destaca convidada durante UNIDAS Talks especial de mês das mulheres

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“É preciso trabalhar a inclusão para que todos sejam representados em todas as áreas e esferas”, destaca convidada durante UNIDAS Talks especial de mês das mulheres

26 de março de 2021 – N.º 1.618

“É preciso trabalhar a inclusão para que todos sejam representados em todas as áreas e esferas”, destaca convidada durante UNIDAS Talks especial de mês das mulheres

O protagonismo feminino na saúde suplementar foi tema do evento que reuniu mulheres que fizeram diversas reflexões sobre o assunto dentro do ambiente corporativo e na sociedade

Na última quinta-feira (25), o UNIDAS Talks foi especial ao mês das mulheres e teve como tema o protagonismo feminino na saúde suplementar, em parceria com Abramed. O evento contou com a presença de Alexandra Granado, diretora-presidente do Metrus; Cláudia Cohn, CEO da Alta Diagnósticos, diretoria-executiva da DASA e membro do Conselho de Administração da Abramed; Lídia Abdalla, presidente executiva do Grupo Sabin e membro do Conselho de Administração da Abramed; Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed. A mediação foi feita por Marina Yasuda, diretora técnica da UNIDAS; e Patricia Melo e Souza, diretora de treinamento e desenvolvimento da entidade.

As convidadas iniciaram falando sobre suas trajetórias e superações ao alcançarem espaços que antes não tinham representatividade feminina. “Esse debate é muito importante. É muito legal ver a Saúde Suplementar abrir esse espaço para nós compartilharmos nossas histórias, porque estar nesse movimento e ocupar espaços que antes não eram comuns para as mulheres é, justamente, a possibilidade de inspirar as mais jovens e mostrar para elas que é possível, até que chegue um momento que seja comum e que espaços entre homens e mulheres sejam divididos de acordo com suas competências”, ressaltou Alexandra Granado, que foi a primeira mulher diretora do Metrô de São Paulo.

“A mulher, na área da saúde, tem um olhar muito maternal com seus beneficiários, independentemente de ser mãe ou não. Falo em nome da UNIDAS, cuidamos de forma especial de nossos beneficiários, porque são indivíduos, não são números, portanto, tratamos com carinho e acolhimento”, declarou Marina Yasuda.

O papel na liderança foi pautado por Lídia Abdalla. “Grande parte dos profissionais de saúde são mulheres, porém isso não se reflete na alta liderança das empresas do setor. Infelizmente, essa não é uma característica só dessa área e nem somente do Brasil”, refletiu. Segundo ela, a representatividade no mercado é essencial. “É preciso trabalhar a inclusão para que todos sejam representados em todas as áreas e esferas, isso propicia um ambiente de criatividade e inovação. Costumo dizer que os líderes, presidentes e CEOs devem pensar que ter, de fato, um ambiente plural, isso traz mais competitividade aos negócios, afinal, os clientes são diversos também”.

A presidente executiva do Grupo Sabin, empresa que tem mais de 70% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, reforçou também a importância da sororidade e destacou que muitas vezes a figura feminina se sente, de certa forma, intimidada no ambiente profissional pela falta de representatividade. “Nunca ache que não é capaz porque tem um homem para se comparar. Nós mulheres achamos que temos que estudar cada vez mais, participar de todos os projetos e dar conta de tudo para estarmos inseridas. Não precisamos dar conta de tudo sempre. Temos que nos preparar e buscar conhecimento com leveza, sem exigir de nós mesmas, e de outras mulheres, a perfeição”, ponderou.

Ao receber a palavra, Cláudia Cohn pontuou que as mulheres exercem diversos papéis, tanto no ambiente de trabalho quanto em casa e na sociedade. “As mulheres que se inspiram, não só para fazer seu trabalho e cuidar de suas casas, mas para representar a área que atuam, têm um degrau além do normal, porque deixam de fazer coisas prazerosas para tomar seu tempo pelo setor e, muitas vezes, pro bono. Concorrência e ego têm que estar da porta para fora. É preciso ter o altruísmo de olhar para o seu setor como alguém que está fazendo algo para outro se beneficiar lá na frente. Quando se consegue conciliar tudo o que se faz e ainda ter energia para representar, buscado transformar o setor da saúde em um ambiente melhor para os negócios, para as mulheres, para todos entre si e para com o governo, de forma apartidária, isso significa, para mim, ser uma mulher líder que equilibra tudo, mesmo em um momento de pandemia”.

Imagem ilustrativa de mulher na área da saúde

Milva Pagano, por sua vez, destacou a importância da comunicação nesses aspectos e declarou: “Às vezes, ficamos restritos a questão do gênero e esquecemos que a inclusão e diversidade passam pelo gênero, mas não se limitam a ele. Temos que ter cuidado e equilíbrio para a inclusão em todos os sentidos. Quando falamos de desigualdade de gêneros e queremos promover algum tipo de mudança, é preciso ter métricas e dados para nos basearmos e não ser uma avaliação subjetiva. Dentro da sociedade e organizações, devemos reunir dados sistematicamente para ter diálogo aberto baseado em fatos. Outro ponto que ressalto: olharmos para a cultura e trabalharmos nela para eliminar estereótipos, até mesmo na criação de nossos filhos. Temos que trabalhar dentro das organizações equilíbrios de vida pessoal e profissional”

“Dentro de organizações, temos que ser incansáveis na busca de profissionais e candidatos com o perfil que desejamos, até conseguirmos um equilíbrio efetivo de gênero. É fundamental ter a igualdade de gêneros como um norte estratégico, porque se isso não for estabelecido em uma instituição, não será possível implementar e gerar nenhuma transformação”, concluiu a diretora-executiva da Abramed.

A importância das políticas para maiores mudanças em relação à igualdade de gêneros foi pautada por Patricia Melo e Souza. “Na Política há uma predominância masculina e, às vezes, as poucas mulheres que entram nesse meio não conseguem se dedicar a trabalhar políticas públicas que poderiam fazer a diferença nesse tema. É a partir da Política – goste-se ou não – que podem acontecer as grandes transformações coletivas, por meio das leis. Ainda é muito tímida essa participação frente a força que as mulheres têm em número e capacidade de realização, que é algo que já vemos claramente no mercado de trabalho”, explicou a também Diretora de Seguridade da Fundação Real Grandeza.

A gravação completa do evento está disponível na Biblioteca UNIDAS, exclusiva para filiadas.

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