11 de junho de 2021 – N.º 1.681
Durante Audiência Pública, deputado Celso Russomano faz destaque sobre especificidade das autogestões e UNIDAS evidência preocupação com a sustentabilidade do segmento
A reunião virtual, organizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, pautou sobre reajuste nos valores dos planos de saúde
José Luiz Toro, assessor jurídico da UNIDAS, representou a entidade na Audiência Pública virtual sobre reajuste nos valores dos planos de saúde, que aconteceu na manhã de ontem (10). A ocasião foi organizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Celso Russomano (Republicanos).
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José Luiz Toro, assessor jurídico da UNIDAS
Ao receber a oportunidade, Toro expôs as especificidades das autogestões, o posicionamento e preocupações para que haja tratamento sem generalização, a fim de evitar consequências negativas. “Vemos com muito cuidado e apreensão essa discussão sobre reajustes dos planos de saúde, pois mantemos uma carteira com a maior taxa de idosos do setor, quase 30%. É de fundamental importância a sustentabilidade desses planos, que apesar não terem finalidade lucrativa, precisam ser sustentáveis, com equilíbrio entre despesas e receitas que vêm da contribuição das empresas, trabalhadores e servidores que são beneficiários”, explicou.
O mutualismo, que também é uma característica do segmento, foi pautado por ele. “Não dá para não aplicar reajustes se do outro lado nós temos isso. A regulação exercida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) faz apenas uma parte da cadeia de prestação de serviços na área de saúde, enquanto a outra parte continua sofrendo reajustes e impactos, inclusive em decorrência do atual momento pandêmico”, destacou.
De acordo com o assessor jurídico, esse é um setor que precisa se lastrear em cálculos atuariais, em equilíbrio econômico-financeiro e na sustentabilidade. “Isso, sob pena no afã de proteger, se estar desprotegendo; com objetivo de tentar minimizar os problemas, acabam criando outros maiores no futuro, já que dessa forma as autogestões não teriam condições de continuar suas atividades”, disse.
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Celso Russomano (Republicanos), deputado federal e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados
Explicou ainda que, por Lei, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica as autogestões, devido a inexistência de relação de consumo, justamente porque os próprios beneficiários do plano participam da administração, inclusive com referência aos reajustes e custeio.
Na ocasião, o presidente da comissão aproveitou a presença da ANS para fazer um destaque sobre o segmento: “Pedi para fazerem um levantamento da autogestão do plano de saúde da Câmara dos Deputados, que tem um convênio com a Caixa Econômica Federal, eu pago R$ 630 de mensalidade e minha família toda paga R$ 719 mensal. Ou seja, ao todo, pago R$ 1349,23. É uma autogestão, sem fins lucrativos, percebam a disparidade entre o segmento e o que está sendo apontado pelos planos (de mercado)”.
O debate teve como deliberação do deputado federal Celso Russomano a criação de um grupo de trabalho para elaborar regras específicas para contratos de planos de saúde coletivos. Para mais informações, clique aqui. A gravação completa da está disponível no canal da Câmara dos Deputados no YouTube.
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