6 de julho de 2020 – nº 1.423
Convidado do IntegraUNIDAS, Daniel Greca fala sobre novos modelos de remuneração baseados em valor
Novos Modelos de Remuneração Baseados em Valor foi o tema de mais um IntegraUNIDAS, realizado no dia 03 de julho. O evento, em forma de webinar, recebeu Daniel Greca, sócio-diretor da KPMG e líder da Prática de Saúde no Brasil, foi organizado pela Comissão de Modelo de Remuneração e Gestão de Rede, e contou com os coordenadores do grupo, Júlio Cesar de Souza, também superintendente da UNIDAS-RJ, e Amanda Bassan, diretora técnica da UNIDAS-SP.
Depois de se apresentar, o convidado interagiu com o público, questionando-o sobre o que é valor em saúde. Para Greca, há uma fórmula para entender o assunto: preocupação com a pertinência e, consequentemente, compromisso de entregar o melhor desfecho em um custo adequado, a fim de proporcionar ao paciente uma boa experiência assistencial.
Ao falar sobre incentivos na cadeia e visão Stakeholders, o sócio-diretor da KPMG trouxe uma visão um pouco pessimista, e até se desculpou por isso, mas explicou seu posicionamento, destacando que o incentivo está desalinhado.
“De um lado tem o paciente com a visão de que volume é valor; quanto mais, melhor. De outro lado, tem as operadoras que incentivam o inverso; quanto menos, melhor. Há a indústria e os prestadores no incentivo de volume. E o empregador na ponta, assumindo uma inflação médica, VCMH, fora do controle, e sem a vocação, na maioria das vezes, de fazer gestão de saúde populacional e perdendo o controle”, disse.
A fim de desmistificar os novos modelos de remuneração orientados por valor, Greca trouxe uma apresentação cheia de informações, iniciada pelo não conceito de Value-Based Health Care. “Primeiro, ele não é um ato mágico, a bala de prata da saúde, apesar de ser uma ferramenta muito poderosa. Segundo, não é um modelo único, cada caso é um caso”, garantiu.
Para ensinar a fazer Value-Based Health Care, Greca trouxe uma metodologia que conta com a definição de seis pilares essenciais: população/corte, escopo e serviços, definições das jornadas, definição das métricas de desfecho, modelo de pagamento e risco. Segundo ele, uma das formas de colocar esses pontos em um projeto requer um passo a passo, dividido em identificação de parceiros, harmonização de valor, validação do modelo conceitual, aplicação, kick-off, monitoramento via ferramenta de coleta de desfecho, análise dos dados do piloto, evidências e elaboração de proposição de valor para fontes pagadoras, e apresentação do arquétipo do novo modelo de remuneração.
Em sequência, Daniel trouxe detalhes, dicas e metodologias sobre fatores críticos de sucesso, êxito na técnica de Value-Based Health Care, tendências, experiência do paciente e outros fatores que complementares o tema.
*O webinar completo do IntegraUNIDAS está disponível na intranet, apenas para filiadas, clicando aqui.